terça-feira, 18 de dezembro de 2018

JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO


Nasceu em Olinda-PE, em  22 de abril de1548, filho do homônimo Jerônimo de Albuquerque (português que veio para o Brasil em 1535 na comitiva de seu cunhado, Duarte Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco) e d. Maria do Espírito Santo Arcoverde, filha do tuxaua Ubirã - Ubi (Arco Verde) e, portanto, neto desse cacique tabajara. Tinha dois irmãos, Jorge e Antônio de Albuquerque, e casou -se com Catharina de Teyo, com a qual teve dois filhos. Estudou no Colégio dos Jesuítas, na sua cidade, e conhecia bem a cultura e os costumes nativos, face às suas origens. Participou das lutas pelo domínio da Capitania do Rio Grande ao lado de Mascarenhas Homem, Feliciano Coelho e outros (1597 a 1599), sobressaindo -se por suas qualidades de liderança: Dominando a língua dos naturais, com e les diretamente se comunicava, sem inibições, dispensando intermediários, recolhendo com fidelidade o seu pensamento e transmitindo - lhes com lealdade as intenções dos brancos. Mantinha excelentes relações com os padres e era hábil no encaminhamento das soluções políticas (GALVÃO, p. 40). CÂMARA CASCUDO corrobora e complementa essas informações: Hábil, falando o idioma nativo, obteve as boas graças dos potiguares Ilha Grande, Pau Seco e Sorobabe,conseguindo pazes solenes, firmadas na Paraíba a 15 de junho de 1599, com assistência de autoridades (1989, p. 117). O fato é que pacificou os indígenas num dos momentos decisivos para a consolidação da campanha. Tido, até recentemente, como fundador da Cidade do Natal e primeiro Capitão - mor da Capitania do Rio Grande, HÉLIO GALVÃO, no ensaio Quem fundou Natal , de José Moreira Brandão Castelo Branco (Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, vol. 200, pp. 65- 71), conclui, como já vimos na
Introdução: A prova documental tem isto de inexorável: elimina a contradição e cria a certeza. A afirmação pode ser feita com plena segurança porque as hipóteses em contrário estão definitivamente afastadas, por exclusão. Riscado o nome de Jerônimo de Albuquerque, o de João Rodrigues Colaço não passou de simples
sugestão provisória, que pronto se desfez. Manuel Mascarenhas Homem é, pois, o fundador da Cidade do Natal. Este, precisamente, um dos encargos que lhe foi atribuído como general da conquista (op. cit., p. 43). Quanto ao primeiro capitão - mor, foi João Rodrigues Colaço (V. verbete anterior). Jerônimo de Albuquerque foi o segundo, nomeado por patente real de 9 de janeiro de 1603 (à época encontrava -se em Lisboa e só tomaria posse em agosto do mesmo ano). Governou por seis anos e, no segundo, fundaria (ou proporcionar ia  condições aos filhos para que o fizessem) o primeiro engenho de açúcar da Capitania, na Várzea de Cunhaú:Jerônimo de Albuquerque concedeu, em 2 de maio de 1604, a seus filhos Antônio e Matias de Albuquerque, uma sesmaria de cinco mil braças quadradas,
na Várzea de Cunhaú, começando d’onde entra a ribeira do Pequeri, e duas léguas em Canguaretama, tendo os doados construído um engenho que tomou o nome daquela Várzea (MELO, p. 32). O mesmo historiador complementa, mais adiante: Os holandeses, no período de ocupação, incendiaram – no (op. cit., mesma página, indicando como fonte um Certificado do Capitão – mor do Ceará, Diogo Coelho de Albuquerque, de 2 de setembro de 1660, arquivado no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte). A história assina la, ainda, que Jerônimo teria descoberto uma mina de ferro nestas terras do Rio Grande, à distância de 40 léguas da Fortaleza . O sobrenome Maranhão lhe foi concedido por D. Filipe IV (1614), por haver desbravado a Capitania do Maranhão, onde veio a falecer em 11 de fevereiro de 1618

FONTES:
CÂMARA CASCUDO, Luís da. Governo do Rio Grande do Norte , 2º vol. Mossoró: Coleção Mossoroense, série “C”, vol. DXXXI, 1989. GALVÃO , Hélio.História da Fortaleza da Barra do Rio Grande , 2ª edição. Natal: Fundação Hélio Galvão / Scriptorim Candinha Bezerra, 1999. MELO, João Alves de. Natureza e História do Rio Grande do Norte (1501-1889),1º tomo. Natal: Imprensa Oficial, 1950. TAVARES DE LIRA, Augusto. História do Rio Grande do Norte , 2ª edição, com atualização gráfica do Prof. Waldson Pinheiro. Brasília: Fundação José
Augusto; Centro Gráfico do Senado Federal, 1982.
FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

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